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Mostrando postagens de novembro, 2008

Aficcionado ou aficionado?

A segunda forma é a correta. Com um “c” só. Aficionado entrou na língua portuguesa pelo espanhol, com o sentido de afeiçoado, entusiasta, admirador, amador, simpatizante. Apesar de reger as preposições “a” e “de”, tem sido comum o uso de “por”. Exemplo: Meninos são aficionados por (a/de) futebol.

O carro capotou ou encapotou?

A primeira forma é a correta. O carro capota. Capotar e encapotar existem, mas têm sentidos diferentes. Capotar é tombar (o veículo), virando para baixo ou dando voltas sobre si. No sentido figurado, significa fracassar e, também, dormir de cansaço. Encapotar é agasalhar-se, com capa ou capote. Figurativamente, é disfarçar-se, para não ser reconhecido.

Vale a pena ou vale à pena?

A primeira forma é a correta, sem crase. Podemos analisar de duas formas. Primeira: A pena vale. A dor vale. Sujeito e verbo. Ao inverter a ordem, temos: vale a pena. Segunda: O esforço vale a pena. O esforço vale o sacrifício, não *ao sacrifício. De todas as formas, temos somente um artigo depois de “valer”, sem preposição. Portanto, sem crase.

Grifar ou grafar com maiúsculas?

A segunda forma é a correta. Grifar significa sublinhar, marcar palavras ou números com sublinha, a fim de chamar a atenção, destacar. Exemplo: Grifei duas linhas daquele texto. Já grafar tem o sentido de escrever uma palavra, optando por determinada grafia. Exemplo: Meu nome, Telma, é grafado sem “h”.

Suficiente ou sulficiente?

A primeira forma é a correta. Talvez por influência da pronúncia da palavra, a sonoridade pode sugerir uma consoante “l” depois da vogal “u” em palavras como suficiente, conjugar (*conjulgar), preocupar (*preoculpar), entre outras. Outro erro do mesmo tipo, mas menos comum, é escrever *muinto em vez de muito. Nesse caso também há influência da fala na hora da dúvida quanto à grafia.

Nova ortografia 4

Para encerrar a apresentação do que muda na ortografia do português depois do novo acordo entrar em vigor, a partir de 2009, leia hoje as poucas exceções às regras do hífen com prefixos. Exceção à regra básica (hífen antes de palavras que começam com a letra H): subumano e subumanidade. O prefixo co se aglutina, em geral, com a palavra que se inicia pela vogal O. Exemplos: coobrigação, cooperação, coordenação. Com os prefixos circum e pan, há hífen antes de palavra iniciada por M, N e vogal. Exemplos: circum-navegação, pan-americano. Usa-se sempre o hífen com os seguintes prefixos: além, aquém, ex, recém, pós, pré, pró, sem, sota, soto, vice e vizo. Exemplos: ex-prefeito, sem-terra, além-mar, recém-nascido, pós-graduação, pró-reitoria. Não há hífen em palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: paraquedas, paraquedista. O novo acordo ortográfico ainda não é claro sobre esse aspecto.